Obama não descarta fornecer armas aos rebeldes
30 de mar. de 2011
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira que não exclui a possibilidade de fornecer armas aos rebeldes líbios, em entrevista concedida à rede de televisão NBC.
Ouvido sobre a possibilidade de Washington fornecer armas às forças da oposição, Obama respondeu: "não excluo isto, mas também não digo que faremos".
"Estamos avaliando diariamente o que as forças de Kadhafi fazem. As operações militares da coalizão começaram há nove dias" e talvez nem seja preciso armar os rebeldes líbios, mas "nada excluímos no momento".
A Otan já disse que não pretende armar os rebeldes da Líbia, mas Estados Unidos e Reino Unido podem fornecer armas e munição ao grupo, se Muammar Gaddafi não sair do poder
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Em Londres, ao fim de uma conferência com 40 países para discutir a situação na Líbia, nesta terça-feira (29), a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse pela primeira vez que considera legal armar os rebeldes, baseada na resolução 1973 da ONU, aprovada há duas semanas.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, também disse que seu país não descartou o fornecimento de armamento bélico aos rebeldes.
O secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague, concordou que a resolução tomada é legal para "dar à população ajuda em se defender durante circunstâncias especiais".
Até mesmo o governo do Qatar já considera fornecer armas aos rebeldes. "Não podemos deixar que as pessoas sofram por muito tempo", justificou o xeque Hamad Al-Thani.
Segundo o porta-voz do Conselho Nacional Interino Rebelde, Mahmoud Shammam, afirma que a falta de armas é o principal problema dos rebeldes. “Não temos nenhum armamento. Do contrário, já teríamos acabado com Gaddafi em poucos dias. Pedimos apoio político, no entanto, mas do que armas. Mas, se ganharmos os dois será ótimo”, disse.
No entanto, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Andres Fogh Rasmussen, afirmou que a Otan existe para proteger os povos, não para armá-los;
Entrevistado pela Sky News sobre a possibilidade de fornecer armas aos opositores líbios que combatem as forças leais ao coronel Muammar Gaddafi, o dirigente da Aliança respondeu: "A resolução do Conselho de Segurança é clara: ela exige a imposição de um embargo sobre as armas. Nós estamos lá, então, para proteger a população e não para armá-la".
Al-Qaeda entre rebeldes
Informações da inteligência sobre as forças rebeldes que combatem o líder líbio Muammar Gaddafi indicam sinais da presença da Al Qaeda e do Hizbollah, mas ainda não há um quadro detalhado sobre a oposição emergente, disse o principal comandante de operações da Otan nesta terça-feira (29).
'Estamos examinando com muita atenção o conteúdo, a composição, as personalidades, quem são os líderes dessas forças de oposição', disse o almirante James Stavridis, comandante supremo da Otan para a Europa e também comandante do Comando Europeu norte-americano, durante um depoimento ao Senado dos EUA.
Embora Stavridis tenha afirmado que a liderança da oposição parece ser composta por 'homens e mulheres responsáveis' lutando contra Gaddafi, ele disse que 'observamos na inteligência sinais possíveis da Al Qaeda e Hezbollah. Temos visto coisas diferentes.'
'Mas neste momento não tenho detalhes suficientes para dizer que há uma presença significativa da Al Qaeda ou qualquer outra presença terrorista', afirmou ele.
O Pentágono diz que não está se comunicando oficialmente com os rebeldes líbios.
Fonte: Uol Noticias
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